Para uma fada verdadeira
Querida,
na noite passada tive um sonho estranho, muito estranho. Na verdade, começou como um pesadelo, pois eu estava num local desconhecido, perdido no meio de grandes árvores e desorientado por uma profunda escuridão.
Fazia frio e eu sentia medo. Não sabia para onde caminhar e arriscava passos temerosos e curtos, a tactear cada metro à minha frente. Mas, de repente, surgiu uma pequenina luz, uma pequenina luz prateada e intensa que foi se ampliando pouco-a-pouco enquanto me enchia de esperança... Eras tu! Eras tu que te revelavas uma linda fada. Uma linda fada que surgia envolta numa aura de prata para mostrar-me um atalho bom e seguro.
No sonho, não disseste nada, e eu também não... Quando percebi, estava à beira de um lindo lago iluminado e azul. Olhei para trás, a pensar em agradecer-te pela tua mágica ajuda, mas nesse momento desapareceste e eu despertei.
Despertei aliviado e feliz, e comecei a ponderar o quanto de verdadeiro havia em tal sonho. Sim, tudo era real! Era tudo real porque tu és mesmo uma fada verdadeira; porque és bela, doce, e estás sempre ao meu lado quando preciso dos teus mágicos conselhos, do teu angelical carinho e da tua especial protecção.
És uma personagem de contos-de-fadas que invadiu, definitiva e alegremente, a minha vida real.
Jorge Ribeiro